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1 de maio de 2014

Uma Tal de Indecisão

- E como você vai me matar?
- Ora, menina! Não pensei nisto ainda.
- Não? Por quê?
- Deixe os porquês de lado, já disse. Bom, posso começar a pensar...
- Vai, fale as suas vontades.
- Seria legal te matar na casa de Dona Teresa...
- Adoro o bolo de fubá que ela faz.
- Eu também! O cheiro é ótimo!
- Por falar em cheiro ótimo, já usou o perfume que te dei no dia dos namorados?
- Não...
- Você não gostou, né?
- Pare de falar bobagem! Claro que gostei.
- Hum...
- Posso te matar devagar, né?
- Acho que sim.
- Seria interessante te enforcar...
- Não gosto de enforcamentos, desculpe.
- Afogamentos você curte?
- Adoro! São definitivamente trágicos. Mas sei lá...
- Posso te bater até vocês desmaiar.
- Que absurdo! Jamais!
- Você não sabe o que quer.
- Sei sim. Quero que você me mate, mas sem exageros. 
- Tá.
- Me dê um tiro.
- Não tenho arma, amorzinho.
- Assim fica difícil!
- Venha cá, beba este suco...

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